
EM 2022 E ALÉM: BDRs COMO OPÇÃO PARA QUEM ESTÁ DE OLHO NO FUTURO
Key Takeaways:
- Volatilidade e eventos políticos no mercado local muitas vezes preocupam o investidor, mas olhar para o mercado estrangeiro para diversificar, pensando no longo prazo, pode promover um futuro financeiro mais resiliente.
- Aumento na negociação de BDRs demonstram abertura do investidor brasileiro para novas alternativas de investimento.
A tendência de volatilidade do mercado global que se desenhou entre os anos 2020 e 2021, aqueceu um debate sobre como o setor seguirá performando o ano de 2022, especialmente por conta da inflação, ainda mais em um ano com eventos políticos relevantes.
Mas, para aqueles que adotam estratégias com foco no longo prazo, a diversificação internacional traz a oportunidade ampliar as chances de proteção do patrimônio, já que cada mercado se encontra em momentos diferentes e também reage de formas diferentes.
”Nós temos a missão de ajudar o investidor a construir um futuro financeiro melhor e organizado, oferecendo mais opções para ele investir no exterior de maneira mais prática e democrática.”
Vale ressaltar que houve o aumento da taxa básica de juros no último semestre de 2021, proveniente de um ciclo de sete altas consecutivas1, que torna a renda fixa novamente atrativa para investidores brasileiros. Inclusive, acompanhando este movimento que tem sido observado globalmente, recentemente foram disponibilizados no mercado local BDRs de ETF de renda fixa, uma boa opção para compor o portfólio junto aos ativos internacionais.
Ainda assim, olhar para o que é oferecido no mercado estrangeiro permanece não só uma estratégia relevante para diversificação e, consequentemente, a proteção de patrimônio, como uma tendência para se atingir um futuro financeiro saudável.
Saúde financeira no alvo
A mudança na dinâmica do ambiente econômico faz com que o investidor mude seu olhar para se adequar a uma nova realidade e criar uma estratégia consistente no longo prazo. Para isso, é importante reavaliar objetivos e buscar diferentes alternativas para alocar recursos, de acordo com o perfil.
A negociação de BDRs de ETF, por exemplo, tem sido bastante explorada pelos investidores e possibilita o acesso a exposição internacional. Após a mudança regulatória feita pela Comissão Imobiliária de Valores (CVM), permitindo aos investidores do varejo o acesso a esses ativos, os números indicam crescimento na adesão ao produto.
“BDRs cresceram 1.414% em número de investidores2 no terceiro trimestre de 2021, se compararmos com o mesmo período de 2020. Esses investidores representam 20% do estoque, ou quase R$ 5 bilhões investidos.”
Dados da BlackRock mostram que o valor de Assets Under Management (AUM) referente aos BDRs de ETF chegaram a aproximadamente R$ 4,2 bilhões (US$ 850 milhões) em janeiro de 2022, com volume diário médio de R$ 82 milhões no mesmo período – uma média de 3.900 negócios diários, sendo que as maiores exposições se concentram em ativos regionais e ESG.3
Por meio dos BDRs de ETF, os investidores brasileiros contam com acesso mais democrático a diversificação internacional, especialmente por:
- Fácil acesso ao produto em termos de custo, pois podem negociar direto do Brasil.
- Possibilidade de dividir o risco de maneira mais ampla, quando comparado a comprar ações individuais, por exemplo, já que os ETFs replicam índices.
Brasileiros que miram no futuro
O investidor brasileiro tem demonstrado maior preocupação com a qualidade dos seus investimentos, já que muitos zelam pela construção do patrimônio para usufruir no futuro. Gilson Filkenstein, Presidente da B3, comenta que diversificação e educação são agendas que caminham juntas.
O fortalecimento desse binômio contribui também para o desenvolvimento do mercado brasileiro, o qual recebe novas alternativas à medida que os investidores oferecem demanda para isso, como foi visto até mesmo após a movimentação regulatória dos BDRs.
“Os brasileiros estão mais abertos para novos tipos de investimentos e o lançamento dos BDRs foi muito positivo no mercado, com crescimento muito grande. Acreditamos que essa é uma tendência que veio para ficar e que o número de brasileiros buscando exposição internacional continuará crescendo.”
Em 2016, por exemplo, a base de investidores pessoa física da B3 era concentrada em ações, com 75% dos investimentos alocados nessa modalidade4. Já em 2021, metade dessa base passou a se posicionar em mais de um produto, sendo o ETF, por exemplo, um deles. Quanto aos BDRs, atualmente estão listados mais de 800 na B35, sendo 80 BDRs lastreados em ETFs sob gestão da BlackRock.
Foco para alcançar resultados
A possibilidade de investir fora do país, somada à variedade de opções disponíveis no mercado brasileiro, como os BDRs de ETF, permitem que o investidor trace um plano de longo prazo mais otimista, independentemente das variáveis econômicas e políticas que o mercado local possa apresentar.
Para Karina Saade, Head da BlackRock no Brasil, o investimento internacional não deve depender apenas de um cenário local apropriado para se investir, já que complementar a composição do portfólio com ativos expostos a diferentes mercados é uma forma de diminuir a exposição do investidor à volatilidade do mercado local. Esse é um caminho que leva não só a proteção de patrimônio por meio da diversificação, como também a oportunidades de crescimento.
Assim, diversificar na hora de alocar recursos, pensando em nutrir diferentes objetivos no longo prazo, é também uma jornada evolutiva para o investidor, que pode aproveitar boas oportunidades de ter bons retornos no meio do caminho, e manter um equilíbrio saudável para mitigar possíveis riscos.
Para mais informações sobre como funcionam os BDRs de ETF, acesse aqui.